Dia Nacional da Consciência Negra

Dia Nacional da Consciência Negra

No último dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, o Ceilis reforçou o seu compromisso com o combate ao racismo, tendo o como um princípio ético fundamental à vida em sociedade. Mobilizado pelas necessárias inquietações possibilitadas pela luta antirracista, o Ceilis recomenda a leitura do artigo "Que corpo é esse? Literatura negra surda, interseccionalidades e violências", assinado por Ires dos Anjos Brito (UFBA), Jonatas R. Medeiros (UFSC), Nanci Araújo Bento (UFBA) e Nayara Rodrigues. O artigo, cujo resumo pode ser lido a seguir, está publicado no volume 6, número 1, da ODEERE, revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Resumo: Os últimos anos foram marcados pelo crescimento notável da produção artística/poética em língua de sinais, com a presença cada vez mais efetiva de poetas slamers na cena nacional. O efeito mais direto disso é a vitrinização das interseccionalidade que atravessam as múltiplas identidades surdas, expostas desde as performances nos slams e na poesia.doc até os estudos e trabalhos acadêmicos sobre o assunto, diante disto, este artigo visa tencionar algumas dimensões importantes para se pensar no lugar interseccional, encruzilha(dor), vivido por tantas mulheres, negras, surdas que têm seus corpos atravessados por vias de sulbalternização e invisibilidade epistêmica e justifica-se pela urgente necessidade de problematizar discussões em prol do debate a respeito das idiossincrasias indisfarçáveis tatuadas na vivência negra surda, para isto, recorremos tanto a leitura verticalizada de estudos e dados que possibilite um olhar interseccional a respeito desta questão quanto uma cuidadosa interpretação do poema Boneca Invisível, da poeta negra surda Nayara Rodrigues, na ótica do Feminismo Negro Surdo e a literatura como meio de denúncia de violências sofridas pelas comunidades surdas. Nosso principal intuito é suscitar um alargamento conceitual para abarcar textualidades corporais como produções teórico-literária-política legítimas, além de notabilizar o profundo vácuo a estas pessoas deixadas tanto pelo movimento de mulheres negras quanto pelos estudos surdos no Brasil.

O artigo, na íntegra, está disponível em: https://doi.org/10.22481/odeere.v6i01.8533

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