23 de setembro: Dia Internacional das Línguas de Sinais
Hoje comemoramos a existência de inúmeras línguas de sinais ao redor do mundo. Com essas línguas, pessoas surdas e ouvintes podem expressar qualquer coisa. Elas são línguas naturais completas que independem de línguas vocais para existir. São transmitidas há gerações e não correspondem a um único sistema linguístico, isto é, elas possuem diferenças entre si como qualquer língua difere uma da outra. Essas línguas têm sido formalmente estudadas por linguistas e pesquisadores de diferentes áreas desde meados do século XX. Muito conhecimento tem sido produzido sobre elas desde então, mas temos muito ainda para se fazer conhecer.
Um esforço internacional para documentar línguas de sinais de diferentes países é Spread the Sign. Idealizado pelo professor sueco Thomas Lydell-Olsen, o projeto compreende a manutenção de um dicionário multilngue que teve início em 2006 e atualmente conta com itens lexicais de línguas de sinais faladas em 43 territórios nacionais além da língua de sinais internacional. Dentre eles: Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bielolrússia, Brasil, Bulgária, Chile, China, Chipre, Croácia, Cuba, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos da América, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Índia, Irã, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, México, Nova Zelândia, Paquistão, Polônia, Portugal, Reino Unido, Romênia, Rússia, Síria, Suécia, Tchéquia, Turquia e Ucrânia.
Sendo um grupo que desenvolve pesquisas com línguas de sinais, assim mesmo, no plural, o Ceilis registra aqui a existência de línguas de sinais minoritárias. Ainda que todas as línguas de sinais possam ser consideradas línguas minoritárias, é possível dizer sobre línguas de sinais que não estão amparadas por políticas públicas, são pouco conhecidas e que também são faladas no interior de alguns desses territórios nacionais. Um exemplo são as línguas de sinais indígenas ou de comunidades isoladas como as que são faladas no Brasil: a língua de sinais urubu-kaapor, as línguas de sinais de Fortalezinha e de Porto de Galinhas, a língua de sinais de caiçara, a língua de sinais kaingang, a língua de sinais cena, a língua de sinais sateré-waré, a língua de sinais pataxó e a língua de sinais terena e guarani.
O Ceilis deseja que essas línguas sejam cada vez mais cultivadas, transmitidas e amparadas! Vivam as línguas de sinais do mundo todo!